Pausa para ansiedade.

Chove em Pelotas!

Tempo bom para ficar em casa, dirão alguns... Mas hoje levantei com uma estranha impaciência, daquelas quando você não sabe o que quer e nem o que não quer. Uma sensação de não querer estar aqui e nem em lugar algum, mas ao mesmo tempo estar em vários lugares diferentes. A perna não para de tremer, as horas não passam e, às vezes, parecem congeladas.

Credo será que não tem um futebol hoje? Ou algum outro programa alienante? Algo que me deixasse “confortavelmente entorpecido”? Se eu ao menos não detestasse as novelas, aff novelas só de pensar me da coceiras, tem coisa mais chata?

Num momento me pergunto, por que estou assim? O que me incomoda?

E de repente, sou tomado por uma calma, como se freasse o trem, simplesmente paro. Tudo agora está mais devagar, mas cada vez faz menos sentido, primeiro o acelerador desmedido, agora o freio sem sentido...Será que tinha ácido no meu almoço?

Na verdade não, vivemos assim, sempre correndo, sempre fazendo e não sendo, sempre em busca de algo que nunca encontraremos! É a roda viva das filas, dos engarrafamentos, dos saldos bancários,  essa famosa corrida dos hamsters dentro da gaiola, correndo sempre sem sair do lugar...nossa como se foge a isto? Como se livra da prestação da faculdade, do IPVA, do aluguel, do contador....

Não sei como...mas sei que o telefone chama, é hora de voltar a trabalhar.